O SUBSTITUTO (The Understudy)
Autor: David Nicholls
Editora: Intrínseca
Categoria: Literatura Estrangeira / Romance
320 páginas - Ano: 2013
Para Josh Harper, ser ator significa ter dinheiro, fama, mulheres aos seus pés e o papel principal nos palcos de Londres. Para Stephen C. McQueen, trata-se de uma longa e desastrosa carreira como figurante. Stephen tem um nome que não ajuda (não, ele não é parente do famoso Steve McQueen), um agente pouco interessado, um relacionamento complicado com a ex-mulher e a filha e um trabalho como substituto de Josh Harper, o 12º Homem mais Sexy do Mundo. E, quando percebe que está apaixonado por Nora, a linda e inteligente esposa de Josh, sabe que as coisas podem ficar ainda mais difíceis para ele. Ou, quem sabe, essa não é justamente sua Grande Chance? Com personagens engraçados e diálogos irresistíveis, O Substituto é uma comédia arrebatadora.
Minha opinião:
(Texto escrito e publicado originalmente em 22/01/2014, no Skoob)
Lembro que, em 2013, eu
estava num dia muito triste quando resolvi que mudaria essa situação.
Eu me arrumei e fui a um famoso shopping aqui do Rio. Lanchei numa
famosa lanchonete como há muito tempo não fazia, ri sozinho de
algumas besteiras e entrei na Fnac (que, assim como a Saraiva, eu
NÃO CONSIGO entrar e ficar pouco tempo. Faço “altas viagens” e
é difícil me tirar de lá). Ok, passei por esse livro e fiquei
na dúvida se compraria ou não. Li que era divertido e isso chamou
minha atenção, pois eu estava numa fase em que REALMENTE precisava
de algo divertido. Depois de horas para resolver, acabei comprando.
Li uns trechos e gostei bastante. Mas depois aconteceram várias
coisas, e eu tinha outros livros pra terminar também, então só pro
fim do ano que eu consegui de fato pegar o livro pra ler (mas
ainda enrolei bastante na leitura, por conta de tarefas de fim de
ano, e manutenção do meu blog, Lado B., e tal...). E consegui
terminar, numa tarde em que sentei com a intenção de ler apenas
dois ou três capítulos (e ainda faltavam vários) – mas só
levantei quando terminei o livro.
Stephen C. McQueen é
um personagem sonhador, com o qual eu me identifico logo de cara. E
acredito que muita gente também. Ele havia feito diversos papéis
pequenos (leia-se “cadáver” ou “vítima” em série de
investigação, por exemplo) na TV, um “filme” infantil onde
interpretava um esquilo que cantava com crianças, ensinando os
números, coisas assim. Recentemente divorciado, ele não tinha lá
uma boa relação com sua ex-mulher, Alison, e sentia sua filha,
Sophie, bem distante – mostrando-se mais animada com o padrasto,
Colin.
E esse era apenas mais
um tormento na vida de Stephen, que vivia à sombra de Josh Harper,
ator considerado o 12º Homem mais Sexy do Mundo. Numa peça teatral
sobre a vida de Lorde Byron, chamada “Louco, mau e perigoso de
se conhecer”, Mc Queen era o
substituto de Harper, e atuava também como uma figura fantasmagórica
que apenas repetia os mesmos movimentos de “entrar
(fantasmagoricamente), abrir a porta (lentamente), fazer uma
reverência (sombriamente), fechar a porta (lentamente) e sair
(rapidamente)”, levava
pouquíssimo tempo no palco. E, como substituto de Josh, nem tinha
muitas esperanças de entrar em cena, pois o famoso ator nunca ficava
doente.
A
carreira do “número 12” só decolava, assim como a falta de
sorte de Stephen – na vida profissional e também na pessoal.
Quando ele é convidado para uma festa na casa de Josh (nesse
momento eu estou me controlando MUITO pra não soltar nenhum
spoiler),
conhece sua esposa, Nora, por quem acaba se interessando. Muitas
coisas começam a acontecer e, mais à frente, Stephen precisará
tomar uma importante decisão que poderá – ou não – levá-lo ao
estrelato. Bom, acho bom eu parar de escrever sobre a
história, porque vou acabar contando algo que não devo, hahaha.
O livro é ótimo, tem
boas tiradas, é bem divertido. Você acaba rindo de situações
absurdas e de todas as frustrações de Stephen (são muuuitas!),
e também se surpreendendo e imaginando que QUALQUER COISA possa
acontecer em seguida. Recomendo a quem estiver interessado em bons
momentos de descontração.
postado por Bruno Souza.
Segunda, 24 de março de 2013. 12:00